O rover Perseverance da NASA detectou uma formação rochosa na superfície de Marte que os cientistas acreditam que pode ser a primeira descoberta de meteorito da missão. A rocha esculpida incomum foi identificada na cratera de Jezero em 2 de setembro, marcando o Sol 1612 da missão. A descoberta ocorre após cinco anos de operação e levanta questões sobre por que o Perseverance não havia encontrado tais objetos anteriormente, apesar de rovers anteriores terem feito descobertas semelhantes.
Identificando a anomalia
A rocha, apelidada de “Phippsaksla” em homenagem a uma região de Svalbard, na Noruega, destaca-se pela sua posição elevada e formato distinto em comparação com o terreno fragmentado circundante. As observações iniciais com a câmera Mastcam-Z desencadearam uma investigação mais aprofundada. O instrumento SuperCam confirmou uma composição de ferro e níquel – uma assinatura característica de asteróides metálicos comuns no início do sistema solar.
Por que os meteoritos são importantes em Marte
Esta descoberta é significativa porque os meteoritos fornecem pistas sobre o início do sistema solar e as condições em Marte ao longo de milhares de milhões de anos. A maioria dos meteoritos marcianos são restos de núcleos de asteróides, formados há cerca de 4,5 mil milhões de anos. A sua presença em Marte indica um influxo sustentado de detritos espaciais ao longo do tempo.
Seca de meteorito do Perseverance
Curiosamente, o antecessor do Perseverance, o rover Curiosity, já encontrou vários meteoritos de ferro-níquel na cratera Gale desde 2012, incluindo espécimes maiores como “Líbano” (39 polegadas) e “Cacau”. Funcionários da NASA ficaram intrigados com a falta anterior de descobertas de meteoritos do Perseverance, dada a semelhança geológica da cratera Jezero com a cratera Gale. A idade da cratera e as numerosas crateras de impacto sugerem que os meteoritos deveriam ter se acumulado em seu fundo, delta e borda.
O panorama geral
Embora a caça de meteoritos não seja o objetivo principal do Perseverance, a missão principal do rover continua sendo a busca por sinais de vida antiga e a coleta de amostras para potencial retorno à Terra. A presença de meteoritos acrescenta outra camada à história e ao registro geológico do planeta.
A descoberta reforça a ideia de que Marte foi bombardeado por rochas espaciais ao longo de escalas de tempo geológicas, fornecendo informações valiosas para os cientistas que estudam o início do sistema solar e a evolução do planeta.





































